sábado, 20 de agosto de 2011

A REVOLTA DOS BOXERS

           
O Levante, Rebelião ou Guerra dos boxers (1899-1900), chamado também de Movimento Yijetuan, foi um movimento popular antiocidental e anticristão na China.
A sociedade secreta dos Punhos Harmoniosos e Justiceiros (Righteous and Harmonious Fists), que se opunha à expansão estrangeira e à corte Manchu, sustentava que com treino adequado, incluindo o ritual do boxe chinês (Suai Jiao), os seus membros poderiam vencer os ocidentais, que usavam armas de fogo.
            O movimento começou na província de Shandong e teve suas raízes na pobreza rural e no desemprego, cuja responsabilidade era atribuída às importações do Ocidente. Os boxers atacaram as missões missionárias evangélicas e demais estabelecimentos estrangeiros, cortaram as linhas telefônicas e as vias férreas. Impelidos em direção ao oeste, os missionários, chineses e cristãos, além daqueles que possuíam bens estrangeiros, foram atacados também. O movimento foi apoiado pela imperatriz Cixi (Tseu-Hi) e alguns governadores de províncias.
            Em 17 de junho de 1900 os boxers cercaram as legações diplomáticas estrangeiras em Beijing por dois meses.
No auge da revolta, em agosto de 1900, tinham sido mortos mais de 230 estrangeiros e milhares de chineses cristãos por um número desconhecido de rebeldes e simpatizantes. Para sufocar a rebelião, organizou-se uma força internacional colonialista, composta de 20 mil soldados russos, americanos, britânicos, franceses, japoneses e alemães, que foi enviada para ocupar a sede imperial, onde penetrou a 14 agosto de 1900, rendendo, ocupando e saqueando a capital.
             As forças estrangeiras negociaram pesadas reparações em dinheiro; os Boxers reagiram com vingança em 1901. A monarquia salvou-se aceitando a liquidação das sociedades secretas, o pagamento de uma indenização de guerra e a proibição de importar armas de fogo.
Depois dessa aberta e brutal intervenção militar, o outrora orgulhoso Império Celestial definitivamente tornou-se a "colônia de todas as metrópoles". Para infamar ainda mais as autoridades do império, os colonialistas obrigaram a que fossem chineses os carrascos que executaram as sentenças de morte dos principais líderes da rebelião. O levante fez com que aumentasse a interferência estrangeira na China, com a conseqüente diminuição da autoridade da Dinatia Qin

fonte: wikipédia